Depois de casos bem bizarros de pedidos de recuperação judicial, algumas notícias parecem trazer esperança de que o direito é uma extensão da moralidade, e as leis devem refletir os valores éticos da sociedade. Exemplos disso são o aporte de 1 bilhão da família Trajano no Magalu em janeiro e o recente anúncio de negociação e acordo das Casas Bahia.
As Casas Bahia anunciaram um acordo extrajudicial para renegociar uma dívida significativa com seus principais credores financeiros, o Bradesco e o Banco do Brasil. Este acordo, que envolve uma dívida de R$ 4,1 bilhões, apresenta uma ampliação do prazo de pagamento de 22 para 72 meses e uma redução no custo médio da dívida, resultando em uma economia de R$ 60 milhões ao ano.
Este exemplo destaca a importância de antecipar problemas financeiros e agir proativamente para resolver questões pendentes antes que se tornem crises incontroláveis. Ao negociar condições favoráveis para a recuperação financeira da empresa, as Casas Bahia não apenas asseguram sua própria estabilidade, mas também protegem toda a cadeia de fornecedores e empregados que dependem de sua operação.
Negociar em uma posição de força, como quando a empresa está adimplente e sua reputação é sólida, permite que sejam alcançados acordos mais vantajosos e sustentáveis a longo prazo. Isso porque as partes envolvidas têm mais confiança na capacidade da empresa de cumprir com seus compromissos e estão mais inclinadas a cooperar para encontrar soluções mutuamente benéficas
Além disso, a negociação proativa evita danos maiores à reputação da empresa e mantém a confiança dos stakeholders, incluindo investidores, clientes e parceiros comerciais. Ao demonstrar responsabilidade e compromisso em enfrentar desafios financeiros de forma transparente e eficaz, as Casas Bahia fortalecem sua posição no mercado e preservam seu valor como empresa.
O caso das Casas Bahia destaca a importância de antever problemas financeiros e negociar condições que favoreçam uma recuperação sustentável, sem prejudicar toda a cadeia de fornecedores e empregados.
Pelo menos até aqui, ponto positivo.